terça-feira, 28 de junho de 2016

Sapatilhas de Pontas

Olá pessoal, tudo bem?!

Uma grande dúvida de muitas alunas de ballet clássico é a respeito da tão desejadas sapatilha de ponta. 
Quando começar? Que tipo de sapatilha usar? Qual a cor e tamanho certo? Qual a melhor marca?
São muitos os questionamentos, e a sua decisão sobre o que fazer em relação ao uso das sapatilhas de ponta é crucial para o seu desenvolvimento e evolução como aluna.




Visitando alguns blogs, encontrei esta matéria da Laura Burity, do Blog Nas Pontas. Leia e tire suas dúvidas, respeitando sempre o que diz seu professor/ professora de ballet. Um professor habilitado irá saber responder a todos os seus questionamentos e orientá-lo da melhor forma possível.

Aproveitem a leitura do artigo!!! 
Um abraço!!!



Como escolher?

Olá pessoal!
Continuando a falar sobre sapatilhas, hoje vamos falar das SAPATILHAS DE PONTA. Você sabe como escolher a sua? Qual a sua a marca preferida? Você sabe qual é a mais adequada ao seu tipo de pé?
Quando começamos a estudar sobre sapatilhas de ponta, é fato que vem tanta informação que não dá pra colocar isso em um post só, então faremos vários posts sobre isso e dúvidas e sugestões são bem vindas também!
Vamos contar mais uma vez com as dicas da nossa querida professora e bailarina Claudia Carvalho, pra nos orientar melhor. É sempre MUITO IMPORTANTE ter acompanhamento de um PROFISSIONAL, pois experiência e conhecimentos das sapatilhas nunca é demais!
Pra começar, vamos ver como é a sapatilha de ponta por dentro?



Esse é um vídeo legal do Dr. José Luiz Bastos Melo, fisioterapeuta especialista em dança, e consultor da Só Dança, explicando NA FABRICA como a sapatilha é feita!
Bom, segundo a nossa Teacher amada, Claudia Carvalhoa primeira coisa que você precisa para escolher uma sapatilha de ponta é conhecer o seu pé! Muitas pessoas acham que basta conhecer todas as marcas, tipos, numerações e materiais para escolher, mas isso não é suficiente, um estudo adequado do seu pé é essencial.”
Existem vários tipos de pés, romano, grego, egípcio, alemão, celta, etc., os quais definem sua descendência e outras coisas mais. Mas tratando-se de ballet, sempre falamos de três tipos, quais sejam:


  • Pé Grego: é aquele pé meio largo, que tem o segundo dedo maior que os demais;
  • Pé Egípcio: é aquele pé que o dedão é o maior e os demais dedos vão diminuindo gradualmente como uma escadinha;
  • Pé Quadrado: é aquele que apresenta pelo menos três dedos do mesmo tamanho, geralmente dedão, segundo e terceiro dedos.
Claro que esse é um resumo minúsculo e grosseiro dos tipos de pé, mas depois faremos um post só pra eles, pois de fato eles merecem! Mas para hoje, vale só a introdução para vocês entenderem o quanto a anatomia do seu pé influencia na escolha da sapatilha, dos tamanhos das caixas, etc.
Vale ressaltar que há plantas largas e estreitas para os três tipo de pés, ok? E também devemos considerar os arcos, pois o seu “modelo de arco” também será crucial para a escola. Analise junto ao seu professor ou outro profissional se, de acordo com o seuarco plantar (arco do pé), você tem um pé chato, normal ou cavo.

Sabido isso, você conseguirá medir a força do seu pé. Junto com essa característica e as duas acima mencionadas, tipo de pé e arco, você pode começar a entender melhor como uma sapatilha de ponta é capaz de ser confortável. (Isto é, na medida da perspectiva de conforto que as bailarinas vivem, é claro)
Há sapatilhas de ponta para todos os pés e gostos. E é importante conhecer muito bem a anatomia do seu pé e como ele costuma funcionar, pois ao procurar sapatilhas, você irá se deparar com a maior variedade possível!
É sapatilhas com caixa larga para pé super cavo, ou estreito com pé chato, ou vice verta, tipo de eixo, vertical ou horizontal, fortalecida ou não, pra arco baixo e pé largo, etc etc etc. Vamos falar um pouquinho de cada?
Mas uma observação importante da Prof. Claudia: o ajuste de cada sapatilha é individual, pois cada um sabe de si, do seu conforto e segurança, mas deve sempre ser acompanhado de um especialista ou seu professor, para que não haja danos ortopédicos graves, principalmente tratando-se de crianças/adolescentes, com pé ainda em formação/fase de crescimento.”
Para escolha da sapatilha, deve-se sim levar em consideração o conforto. A sapatilha de ponta deve ser uma extensão do pé e deve ser confortável sim, por isso requer paciência também na hora de pesquisar e comprar, pois você deve provar umas 20 opções! A escolha mal feita da sapatilha de ponta pode causar dores que você nunca imaginou sentir, fora os prejuízos que não vemos de imediato.
Bom, feitas as considerações anatômicas, vamos às demais.

MARCAS
Segue um resumo muito útil disponibilizado pela escola Bravo! Ballet, com algumas das marcas mais conhecidas de sapatilha de ponta. Claro que tem muitas outras, mas se formos falar disso aqui, acho que ficarei uns 4 anos estudando (talvez mais?).




A grande maioria dessas marcas tem muitas opções de modelos, então é difícil especificar qual é a melhor ou ideal pra você, pois cada pé é um pé.
CORES
As sapatilhas de ponta mais usadas são as acetinadas nas cores rosa ou salmon. Algumas bailarinas deixam opacas, ou até beges, dependendo do que irão dançar.
Mas existem sapatilhas de várias cores, aliás, de todas as cores. A escolha vai depender da necessidade do uso, levando em conta anatomia e disponibilidade.




ELÁSTICOS E FITAS
Algumas sapatilhas de ponta vem com elástico e fitas descosturados, para que você mesma o faça, provando e ajustando ao seu pé.
Eles servem pra isso mesmo, pra sustentar, pra deixar a sapatilha bem sentada ao pé, sem correr o risco de escapar no meio de uma pirueta!
Pelos próximos posts, a Amanda vai passar pra gente todas as dicas da sapatilha de ponta, como costurar, como amarrar, como colar o couro da ponta, amolecer e etc.!
PONTEIRAS E DEDEIRAS
A questão da escolha das ponteiras é um pouco pessoal também, vai de acordo com seu conforto. Da mesma forma que ao invés de ponteira, há bailarinas que usam papel ou algodão.
Há ponteiras de silicone e de tecido, desde as mais curtas que pegam só o dedo como também as mais longas, pra pessoas que, como eu, tem o pé super cheio de ossos saindo por todos os lados e joanetes também.
É aconselhável que você prove também, com meia calça apropriada, e teste o conforto, sempre fazendo alguns movimentos basicos.
Pra melhorar ainda mais, tem a ajuda dos protetores de dedo (dedeiras), que também podem ser de tecido ou silicone, ajudam a evitar o atrito entre os dedos.



DICAS PARA ESCOLHER SUA SAPATILHA (Resumo)
A primeira dica da é: saber se você está pronta! Isso só seu professor (a) pode avaliar, então confie no veredito dele!
Como há variedade de sapatilhas para todos os tipos de pé, vc deve saber que tipo de pé vc tem, de arco e também a força.
Se for sua primeira sapatilha, aconselhamos que você compre presencialmente! Vá a uma loja, acompanhada de sua professora ou um profissional e faça muitas provas.
Quando achar que alguma está certa/confortável, siga as dicas da Tia Claudiafaça relevés, pliés, alongue o pé… esses movimentos simples são a base dos passos do ballet, então se já nessa hora começar a doer daqui, apertar dali, comer o calcanhar, etc., repense e prove outra!
Procure protetores pra deixar mais confortável, sejam ponteiras, dedeiras, algodão, esparadrapo, essa escolha é pessoal, depende de como você se sente segura e confortável.
Temos aqui uma matéria muito legal, um resumo super prático, do site Dance Spirit, que traz “UMA SAPATILHA PARA CADA TIPO DE PÉ” e nós traduzimos pra vocês! Se quiserem ver o post original, basta clicar no link: http://www.dancespirit.com/get-the-look/shoe-every-foot-type/.



Claro que isso não é regra, ok? As pessoas são diferentes, pés diferentes, técnicas diferentes etc. Pegue seu prof. e vá em busca da sua! Faremos um post “em busca da sapatilha perfeita”, pra vocês verem na prática como funciona a busca e se quiserem, empresto a Claudia Carvalho pra vocês!
Por hoje é isso! Mas teremos muitos posts falando sobre sapatilha de ponta, pois é um assunto quase inesgotável!

Fonte: http://naspontas.com.br/2015/12/23/sapatilha-de-ponta/

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sim! Eu sou Bailarina!!!

Olá Pessoal, tudo bem?!

Comecei o meu interesse por artes através do Teatro. 
Foi a primeira expressão artística que tive contato e que comecei a estudar. 
Em meio ao teatro eu conheci a dança - como ela é de fato - e me apaixonei perdidamente. 
Foi paixão à primeira vista, avassaladora e extremamente profunda, que mudou o curso da minha vida e me fez de estudante de ballet a bailarina, de uma sonhadora a professora e proprietária de uma escola de danças.

Posso dizer que hoje sou uma pessoa realizada em minha vida e profissão!
Claro que ainda há muitos degraus para subir e muitos objetivos para alcançar, muitos lugares que eu quero ir através da dança e muitas outras coisas que quero fazer e conquistar.

Mas posso dizer hoje, que sou Bailarina, de corpo, alma e coração!!!
E apesar de não ter tanto tempo para ensaiar, coreografar e criar para mim mesma, eu me realizo em criar, coreografar, ensinar e ensaiar minhas alunas, a quem dedico minhas horas de trabalho.

O meu olhar, os meus braços, minhas expressões e principalmente minha paixão não estão apenas na imagens abaixo, mas estão em cada bailarina que vai além de mim.

Sim! Eu sou Bailarina, seja em meu próprio corpo ou em um corpo de uma aluna minha!


Confira a sessão de fotos, feitas em meio de 2013 pelo fotógrafo Antônio Wagner Aurélio.


Um abraço!!!

















quarta-feira, 22 de junho de 2016

Manual de Comportamento

Para dentro e fora dos palcos

Uma apresentação de dança é um evento que exige muito esforço dos bailarinos e muito trabalho por parte dos organizadores. Na maioria das vezes, é a única chance de se mostrar o trabalho que foi feito durante no mínimo três ou quatro meses, e por isso, quando imprevistos acontecem são motivo de grande frustração e tristeza. Para evitar esses imprevistos, recomendamos a leitura do texto abaixo, para bailarinos e espectadores, se portando da melhor maneira, aproveitando o espetáculo e cooperando para que tudo ocorra bem.

Aos Espectadores 
Flashes de máquinas de retrato desconcentram e cegam os bailarinos durante as danças. (Antes de tirar fotos, certifique-se de que é permitido e evite usar o flash).
Movimentos na platéia durante a apresentação da dança também desconcentram o bailarino. (Entre ou saia do teatro no intervalo entre as danças, e não no meio delas. Além de poder desconcentrar quem está dançando, você também atrapalha quem está assistindo).

Evite conversar durante as apresentações. O telefone celular não deve ser usado em ambientes como cinemas e teatros. (Se você precisa receber alguma ligação urgente, deixe o celular no vibracall ou no "um bip", e saia do recinto no intervalo da dança para atender a ligação).
No final de toda dança, existe a reverance, que é um movimento que os bailarinos fazem sem música. Nesse momento, eles estão agradecendo sua presença, portanto é educado não se levantar e ir saindo como se tudo já tivesse acabado.
Aplausos são uma ótima maneira de agradar quem dança. (Mesmo que você não tenha gostado da dança, lembre-se que as pessoas se esforçaram muito para chegar lá no palco, e podem se sentir motivadas a melhorar cada vez mais. Se você gostou muito de uma apresentação, basta aplaudir, nunca grite o nome dos bailarinos, no máximo, pode-se dizer "Bravo!!!").
Caso algo de ruim tenha acontecido durante a apresentação, seja muito cuidadoso se for comentar logo depois. (Provavelmente os bailarinos vão estar tristes e frustrados por isso, mesmo que não aparentem. Críticas construtivas, por sua vez, são muito bem vindas depois que os "traumas" já tiverem passado).

Aos Bailarinos em sala de aula
O ballet é exaustivo e toma muito tempo, mas também é excitante e criativo, e muitos bailarinos tornam-se totalmente dedicados à sua profissão. É um mundo muito particular. Como disse Errol Pickford, estudante da Royal Ballet School: "Uma vez que se decide fazer dança com seriedade, tem-se que trabalhar arduamente o tempo todo, mesmo nas férias".
Você sabia? Quando era menina, Margot Fonteyn viu, certo dia, um cartaz em que havia uma bailarina e perguntou à sua mãe quem era ela. "É a Pavlova, a maior bailarina do mundo". "Então eu serei a segunda maior". Todas as pessoas que se dedicam à dança necessitam dessa confiança, embora nem todas possam chegar a ser uma primeira bailarina absoluta. Entretanto, embora possam ter consciência de que nunca ascenderão ao topo, muitas sentem ter realizado, através da dança, a maior ambição de suas vidas.
Nunca faça uma aula de ballet de cabelos soltos, ou presos como "rabo-de-cavalo". Não é apropriado, além de atrapalhar no desempenho. O aconselhável é fazer um coque.

Tente não se atrasar para chegar a aula. Além de tirar a concentração das outras alunas, pode não ser bom para você também, pois perderá os exercícios de aquecimento que são muito importantes.
Dê-se um breve momento de descontração e situe-se num estado de espírito adequado, antes de começar as aulas. Fazendo isso por si mesmo, você estará se ajudando a sentir mais confiança e segurança pessoal.
Não entre no meio da aula sem pedir licença, uma bailarina precisa ser disciplinada, até mesmo porque precisa saber como se portar eventualmente quando for fazer cursos com outros professores.
* Uma vez iniciadas as aulas, ouça cuidadosa e atentamente, e procure memorizar o que lhe está sendo solicitado que faça. No início, é possível que você ache isso difícil, pois muitos movimentos que parecem simples precisam ser repetidos muitas vezes até serem executados com perfeição.
* Tente sempre ir além do que você conseguiu na aula anterior, e mesmo que você não consiga ir além nesta aula vá tentando, mas nunca desista porque um dia você chega lá. É tentando que se consegue...
* Não seja tentado a conversar com seu vizinho, pois além de não estar ouvindo as instruções de seu professor, também estará perturbando a concentração dos outros alunos, e preste muita atenção quando seus colegas tirarem dúvidas, pois poderão ser as suas também.
* O professor corrigirá seus movimentos de tempos em tempos. Procure entender onde você está errando e empenhe-se em fazê-los corretamente. Preste atenção às correções dos outros alunos; elas podem aplicar-se também ao seu caso.

Procure não faltar a aula

* Embora requeira um tremendo esforço, a aula de balé também deve ser divertida. Se for interessante, a música de acompanhamento pode aumentar consideravelmente o prazer das aulas de balé. Ouça a música, pois ela afetará o modo como você se expressa nos movimentos. Afinal de contas, a dança é uma arte.
* Um pequeno desconforto é normal numa aula de balé, mas não se submeta a um esforço exagerado, visto que, por mais que a aula seja dada com cuidado, acidentes sempre podem acontecer. Se você sentir alguma dor, informe seu professor imediatamente e proceda de acordo com suas instruções.
* Trabalhar de maneira disciplinada não só ajudará você a conseguir muitos progressos na dança, mas também servirá de apoio em outras áreas de estudo, preparando-o, de um modo geral, para a vida no futuro.

Nos Palcos

* Sempre, em qualquer dança, se alongue antes de entrar no palco. Mesmo se você não tiver que executar passos onde tenha que "abrir a perna" é sempre bom pois dá um melhor desempenho. Se você pular muito durante a dança, faça exercícios que alonguem a panturrilha. Isso é muito importante. Mas não vá querer ultrapassar seus limites, pois isso pode dar no fim alguma lesão ou dor séria, que vai impedi-la de dançar!

* Nunca ensaie ou faça alongamento com o tutu ou roupa que vai dançar. Eles podem sujar ou até mesmo rasgar! Se der, vá ao local da apresentação com um colant por baixo da roupa, para quando chegar, poder se alongar à vontade. Comece de meia ponta, e depois vá para a ponta, se for preciso.
* Calma! É comum ficar nervosa, com um friozinho na barriga, mas procure não mostrar seu nervosismo para suas colegas. Elas também ficam nervosas e podem fazer acontecer algo ruim. Além do mais, em todas as apresentações de ballet e teatro, os artistas têm essa sensação, mas ao entrar no palco, tudo desaparece.... Mas se você acha que não vai desaparecer, pense em todos os ensaios, pense que aquele é só mais um, pense que está deslizando despreocupada em seu quarto, e pense que, se você errar uma pequena coisinha, como que lado virar, ninguém vai reparar, afinal eles não conhecem a coreografia. Mas pense principalmente em DANÇAR, dar o melhor de si, esticar bem o pé, sorrir e ficar en dehors, pois pode ter muita gente que entende de ballet na platéia... enfim dance!
* Lembre-se que, enquanto você não está dançando, outras pessoas podem estar. Por isso, evite fazer barulho, ficar na passagem dos bailarinos em volta do palco ou mesmo, no caso de um teatro, ficar abrindo e fechando as portas dos camarins, de modo que a luz desses reflita no palco.
* Não esqueça de sorrir. Mostre que você está dançando por prazer, que dançando você se sente feliz. Uma bailarina séria tira toda a graça e suavidade da dança.
* Antes de arrumar a sua bolsa, faça uma lista para não esquecer nenhum acessório. Comece pelos ítens mais importantes, como a sapatilha, o próprio figurino, os acessórios para cada dança, desodorante, etc. Assim, você corre menos risco de esquecer algo importante.
* Sempre tenha em sua bolsa: um estojo com linha, tesoura e agulha, veja se suas meias não tem fios puxados e se suas sapatilhas estão com as fitas e elásticos bem presos. Leve uma meia de reserva.
* A vida do bailarino profissional e até mesmo do estudante exige considerável dose de auto disciplina, pois é importante que aprenda, desde cedo, a ser independente. Por exemplo, você deve procurar cuidar pessoalmente de suas roupas de treino diário e assegurar-se de que estão limpas e em bom estado de conservação.
* Para a maquiagem, é bom ter sempre uma rede de reserva, escova, muitos grampos e gel, caso seu coque ou outro penteado soltar antes de entrar no palco. Se você tiver feito a maquiagem em casa, leve sempre de reserva o que você usou para fazê-la. Não deixe para pedir nada emprestado na hora de dançar. Uma vez ou outra não tem problema, mas uma pessoa que só usa as coisas emprestadas pode se tornar desagradável.
* Nunca se esqueça de conferir sua roupa, sapatilha e cabelo antes de entrar no palco. Um cabelo solto, sapatilha desamarrada ou uma bailarina arrumando a roupa toda hora fazem com que as pessoas passem a prestar atenção no que está errado, em vez de apreciarem a dança. Se sua dança tem adereços, fique atento para que eles não caiam no palco, pois além de desviarem a atenção, podem provocar a queda de um bailarino, o que seria ainda pior.

* Uma boa bailarina nunca dança com brincos, anéis, colares e esmaltes escuros, a não ser que esses acessórios façam parte da fantasia.
* Chegue ao local da apresentação com antecedência, para conferir se está tudo OK, para se aquecer antes da dança e para ajudar nos últimos preparativos. Mesmo se a sua dança for uma das últimas do espetáculo, um atraso pode deixar suas colegas ansiosas, além disso, uma pessoa entrando no teatro no meio da apresentação também desvia as atenções. Pense em si mesmo: e se acontecem imprevistos na ida para o teatro? Se um pneu fura? Um congestionamento? É melhor prevenir do que remediar.
* A reverance é o momento no qual o bailarino agradece os aplausos e a presença do público. Por isso, não fale durante ela e nem saia gritando do palco. Além de soar mal, atrapalha os bailarinos que estão se preparando para dançar depois de você.


fonte: Blog www.corpoedanca.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2016

Galeria de Inspirações: Agrippina Vaganova

Em toda minha trajetória como bailarina e professora de ballet, sempre admirei e me inspirei em grandes personalidades da dança.
Algumas dessas personalidades tive a grande honra de conhecer, outras tive o privilégio de poder aprender um pouco de seus ensinamentos, outras pude contemplar sua expressão dançante e algumas dessas personalidades, posso até arriscar dizer que sou amiga, pois o convívio gerou tal amizade. 


A Dança me proporciona esses encontros e esses legados que hoje fazem parte de quem eu sou.


Quero começar essa Galeria de Inspirações com alguém que não tive a oportunidade de conhecer, rs... Mas que fundamenta o estudo de todos nós que trabalhamos com o ballet clássico e que o tem como instrumento de trabalho.





Agrippina Vaganova, foi uma mulher a frente de seu tempo, que entrou para a história através da sua busca incessante pelo conhecimento e por difundir tal conhecimento a ponto de transformá-lo em um método, hoje utilizado no mundo inteiro. 


Te convido a conhecer mais sobre essa mulher e a admirá-la como eu a admiro hoje.

Abaixo segue um breve resumo, que pode ser também encontrado no Wikipédia.Aproveite a Leitura e até a próxima Galeria de Inspirações.


Agrippina Vaganova (1879-1951) foi uma bailarina e pedagoga russa que entrou para a história mundial da dança ao desenvolver um método de ensino que ficou conhecido como o método Vaganova.

Após graduar-se na Escola Imperial de Ballet de São Petesburgo em 1897, Vaganova começou a dançar na companhia profissional da escola. Ela se aposentou como bailarina em 1916 para se dedicar a uma carreira de ensino da dança e em 1921 retornou à mesma escola como professora, que havia sido renomeada como Escola Coreográfica de Leningrado.
Apesar de ter uma carreira respeitável como dançarina, sua liderança no ensino da dança clássica foi o que lhe deu um dos mais respeitados lugares na história do balé. Seu próprio esforço em decifrar a técnica do balé foi o que lhe permitiu formar alunos que viriam a se tornar lendas vivas da dança clássica.
O método Vaganova surgiu em meio às questões advindas da revolução russa no início do século XX e resultou numa mudança de como o ballet era visto na Rússia. O método Vaganova trouxe a fluidez e expressividade dos braços e torsos do método francês e os giros e saltos virtuosos do método italiano, assim como seu estudo bem planejado, sem, no entanto, ter um conjunto de exercícios rigorosamente predeterminado como no método Cecchetti, ao invés disso, no método Vaganova cada professor desenvolve sua própria aula.




HISTÓRIA
Agripina nasceu em São Petersburgo, em 26 de junho de 1879. Filha de um funcionário do Teatro Maryinsky, toda sua vida foi conectada com o Balé Imperial (mais tarde chamado de Balé Kirov) do Teatro Mariinsky em São Petersburgo. Ela foi aceita na Escola de Ballet Imperial em 1888, a grande instituição de dança clássica fundada por czares. Graduou-se na Classe da Perfeição da antiga primeira bailarina Eugeniia Sokolova. Foi também treinada por Ekaterina Vazem, Christian Johansson, Lev Ivanov, Nikolai Legat e Pavel Gerdt.
O balé não foi fácil para Vaganova nos seus primeiros anos como aluna, mas lentamente, através de sua própria força de vontade, ela conseguiu acompanhar a ilustre companhia de Ballet Imperial após sua formatura. A essa altura ela alcançava o posto de solista, enquanto os baletômanos de São Petersburgo a apelidavam de Rainha das Variações pelo seu nível de técnica e seu virtuosismo ilimitado, com seus saltos e baterias. A variação que dançou no ballet La Bayadere é conhecido como Variação de Vaganova.
Apesar de possuir técnica perfeita, Vaganova não era uma mulher considerada bonita e não tinha belas linhas ao dançar, tendo, inclusive, uma cabeça grande e, por isso, foi colocada à sombra de bailarinas como Anna Pavlova e Tamara Karsavina, que faziam sucesso na época e tinham grande carisma, além de contar com contatos nos altos escalões. O velho maestro Petipa pouco se importava com Vaganova como dançarina – quaisquer menções a suas performances no diário do maestro eram geralmente seguidas de comentários como “terrível” e “pavorosa”. Ainda assim, em 1915 o mestre de ballet Nikolai Legat elencou-a como Deusa Niriti em sua releitura da grande peça de Petipa “O Talismã”. O desempenho de Vaganova foi um sucesso, e ela foi promovida a primeira-bailarina. Apesar disso, decidiu aposentar-se no ano seguinte para dar início ao trabalho que lhe tomaria a vida toda: o aperfeiçoamento pedagógico da técnica clássica.
Como professora, suas primeiras experiências foram na Escola de Ballet Russo, mas em 1920 foi convidada para ensinar na Escola do Ballet Imperial e por sua grande habilidade logo ganhou o respeito de seus colegas, chegando a assumir o posto de diretora artística do Mayrinsky. Durante essa época supervisionou várias remontagens dos balés de Petipa, adaptando-os ao gosto do público da época ao mesmo tempo em que buscou estimular o desenvolvimento de um novo repertório, equilibrando o clássico e o moderno. Como coreógrafa foi reconhecida por sua grande visão e capacidade analítica, não só percebendo falhas e mostras de mau gosto como sugerindo soluções. Como professora era conhecida por ser gentil e encorajadora, mas ao mesmo tempo exigir precisão, trabalho duro e concentração.
Durante 30 anos ela lecionou, desenvolvendo uma técnica para balé que combinava elementos das técnicas francesa, russa e italiana, e um método de treinamento para ensiná-la. Princípios do método de treinamento incluíram o desenvolvimento de menor força nas costas e de plasticidade dos braços, e de força, flexibilidade e resistência necessárias para ballet, incorporando uma instrução detalhada que especificava quando ensinar cada tópico e por quanto tempo. Em 1948, Vaganova assinou um livro chamado “The Foundation of Dance” (A Fundação da Dança), mais comumente conhecido como “Basic Principlies of the Russian Classical Dance” (Princípios Básicos da Dança Clássica Russa), que delineou sua técnica e balé e seu método de treinamento.

O MÉTODO VAGANOVA
Vaganova teve influência de professores franceses com quem estudou que prezavam a elegância e suavidade dos movimentos, assim como da técnica italiana, que influenciava o ballet soviético na época e prezava o virtuosismo, a resistência e a força dos pés, mas não tinha graciosidade. Com sua ofuscação por outras bailarinas contemporâneas (Petipa achava-a horrível), Vaganova tornou-se muito crítica consigo mesma e com o método de ensino do ballet e se pôs a tentar melhorar as técnicas existentes. Da francesa aproveitou a graciosidade dos movimentos e da italiana utilizou a força, a resistência e as aulas bem planejadas, tudo isso aliada ao espírito e poesia das danças russa, criando, assim, um estilo único que viria a ser conhecido como Método Vaganova. A codificação desse método foi publicada em 1934 sob o título de “Princípios básicos do ballet clássico”. Uma das características fundamentais da técnica desenvolvida por Vaganova é o domínio total do movimento, utilizando com clareza os port de bras e o controle do corpo para execução precisa dos movimentos.
Agrippina Vaganova ensinando Anna Pavlova.

O método prima pela utilização correta e domínio da técnica desenvolvida especificamente para os braços e aplomb, onde o aluno domina o movimento do tronco de forma a realizar com mais clareza os movimentos de execução dos membros inferiores, assim como o equilíbrio das formas e piruetas. Vaganova enfatiza uma pedagogia que busca o aprendizado de forma gradual, onde cada grau tem seus exercícios característicos, e de maneira a preservar o aluno de injúrias, enfatizando, para isso, a consciência corporal do estudante a cada movimento. Seu trabalho é focado principalmente no desenvolvimento das características necessárias para que os bailarinos possam executar o Pas de Deux e ênfase especial é dada a dançar com o corpo inteiro ao invés de simplesmente se executar movimentos mecanicamente.
Entre as características mais trabalhadas estão o desenvolvimento da força da parte inferior das costas, plasticidade dos braços e o desenvolvimento da força e da flexibilidade necessários ao estudo do ballet. Os braços neste método passam de uma posição a outra de forma mais perceptível do que no método Cecchetti e as mãos mudam de direção no último momento do movimento. Os primeiros estágios focam no epaulement e na estabilidade e força das costas, visando a que o movimento seja fluido e harmonioso. Ao mesmo tempo em que se trabalha a técnica, a arte também é adquirida individualmente, proporcionando uma forte e melodiosa expressividade. O resultado são bailarinos que arrebatam o público ao mesmo tempo com sua graça e sua bravura.
Sobre o método Vaganova em si, disse Vera Kostrovitskaia em seu livro A Dança Clássica, de 1987: "Os diferentes movimentos de transição, conexão e auxiliares são de grande importância no método de Vaganova. Movimentos de giro nos exercícios de barra e de centro, assim como adágio, diferentes formas de pas-de-bourrée e pequenos desenhos de dança são absolutamente necessários para o domínio da técnica. Se essas 'insignificâncias' forem desenvolvidas superficialmente, torna-se impossível o controle da forma própria e da coordenação dos movimentos da dança. Sem eles não existe nem perfeição técnica, nem expressividade artística. A linguagem da dança se manifesta através de todos os movimentos do corpo, dos braços e da cabeça. Esta é a razão pela qual não só as pernas devem ser exercitadas e obedecer ao bailarino, mas também suas costas, braços e cabeça. O corpo inteiro deve responder a qualquer emoção ou tarefa complicada exigida pelo coreógrafo..."

REPERCUSSÃO
Sua primeira pupila de sucesso, Marina Semyonova, teve estréia (em 1925) vista como um marco na história do ballet soviético, “um ressurgimento da dança clássica em toda sua glória e beleza”. Alexei Yermolaev, Galina Ulanova, Vakhtang Chabukiani, Natalya Dudinskaya, Konstantin Sergeyev e Irina Kolpakova foram os pupilos mais ilustres de Vaganova e se tornaram o orgulho da dança soviética.
Após a morte de Vaganova, em 1951, seu método de ensino foi preservado pelos instrutores, como Vera Kostrovitskaya. Vera preservou os ensinos de Agripina Vaganova e os publicou de forma detalhada no livro “100 lessons in classical ballet”. Esse método é ensinado de forma massiva na Rússia e se popularizou, sendo amplamente adotado na Europa, América do Norte e outras regiões. Bailarinos formados pelo método Vaganova incluem: Anna Pavlova, George Balanchine, Mikhail Baryshnikov, Marina Semyonova, Rudolf Nureyev, Galina Ulanova, Nathalya Makarova e Irina Kolpakova.
Seu livro As Bases da Dança Clássica, publicado em 1934, tornou-se literatura obrigatória para todos aqueles que no mundo inteiro se dedicam à dança, venham ou não a ser bailarinos. Hoje o método Vaganova é o método mais amplamente utilizado para o ensino do Ballet na Rússia, sendo usado também na Europa e na América do Norte.
Em sua homenagem, a escola de ballet de São Petersburgo foi renomeada para Academia Vaganova em 1957.




domingo, 19 de junho de 2016

Benefícios da Dança


Quem dança os males espanta. O ditado original não é exatamente assim, mas esse também é verdadeiro. 
Existem muitas razões para dançar que são relacionadas à saúde física e embasadas pela ciência, mas o melhor que a dança pode oferecer é a leveza de quem se preocupa apenas em dar um passo de cada vez.

Para usufruir dos benefícios da dança listados abaixo, só há uma coisa a ser feita: partir para a prática. 


Encontre uma escola de dança, matricule-se já e compareça. 

Qualquer modalidade trará os resultados. Mas é bom experimentar os diferentes tipos de dança até encontrar aquele que você se sinta mais à vontade ou mais desafiada. Para isso, frequente algumas aulas antes de tirar suas conclusões, as escolas de dança e academias oferecem aulas experimentais e, assim que encontrar o seu estilo, não pare nunca mais.

Confira alguns Benefícios da Dança: 


1- Perder Peso 

A dança é uma atividade física que movimenta toda a musculatura, assim como os exercícios aeróbicos. Em média é possível gastar de 300 a 400 k/cal dependendo da intensidade do exercício.

2 - Faz bem ao coração

Dançar aumenta a capacidade sanguínea e faz bem ao coração. Algumas modalidades como jazz aumentam a circulação do sangue e melhoram a capacidade respiratória.

3 - Melhora a Coordenação Motora

Trabalha a agilidade, melhorando a percepção.

4 - Melhora a Postura

O ballet por exemplo, exige muito dos membros inferiores, além de melhorar a postura trabalha também a coordenação motora.

5 - Ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade

A prática da dança libera a endorfina, hormônio do prazer, diminuindo a tensão e relaxando a musculatura. 

6 - Melhora a Auto Estima

As pessoas conseguem se expressar melhor quando dançam, se sentindo mais confiantes em diversas situações.

7 - Combate a depressão

Muitas pessoas acabam praticando a dança como forma de terapia para encontrar o equilíbrio emocional.

8 - Ajuda na interação e no convívio com outra pessoas

A Dança normalmente é praticada em grupo, o que ajuda na socialização e interação entre pessoas, possibilitando novas amizades.

9 - Pode ser praticado por qualquer pessoa, independente de sexo ou idade, estando em boas condições físicas.


10 - Conhecer novas culturas, novas manifestações culturais.